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![LUDIA III [DolphinByDefault]](https://images-wixmp-ed30a86b8c4ca887773594c2.wixmp.com/f/dbc099ef-66a1-460e-863d-94f584ab2835/ddyb9sr-ccc761f0-8ce0-460b-8754-3ebc04618130.jpg/v1/crop/w_184,h_184,x_0,y_22,scl_0.093401015228426,q_70,strp/ludia_iii__dolphinbydefault__by_dolphinbydefault_ddyb9sr-92s-2x.jpg?token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ9.eyJzdWIiOiJ1cm46YXBwOjdlMGQxODg5ODIyNjQzNzNhNWYwZDQxNWVhMGQyNmUwIiwiaXNzIjoidXJuOmFwcDo3ZTBkMTg4OTgyMjY0MzczYTVmMGQ0MTVlYTBkMjZlMCIsIm9iaiI6W1t7ImhlaWdodCI6Ijw9MTE5MCIsInBhdGgiOiJcL2ZcL2RiYzA5OWVmLTY2YTEtNDYwZS04NjNkLTk0ZjU4NGFiMjgzNVwvZGR5Yjlzci1jY2M3NjFmMC04Y2UwLTQ2MGItODc1NC0zZWJjMDQ2MTgxMzAuanBnIiwid2lkdGgiOiI8PTgwMCJ9XV0sImF1ZCI6WyJ1cm46c2VydmljZTppbWFnZS5vcGVyYXRpb25zIl19.7ij38ff4VE7MN0AsMD358RqijluqKVW1PccqEfu9lxs)
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Description
Lavander, sunset, sea, sky...
Enough for me (:
Respiro o ar perfumado da tarde que arrefece o dia. Começam a fraquejar aquelas que um dia serão três, de acordo com Édipo e a submissa Esfinge, e sento-me na areia ainda morna das carícias do Sol. Os espelhos da minha vida e visionários do presente contemplam o vasto vazio do céu e do oceano que de terem tons tão opostos, o negro azul e o amarelo enevoado, se completam tal como o homem e a mulher. Sinto que o vento do Sul chegou, sussurrante e discreto o Levante quente aquece-me a face e traz-me novos sabores. Cheira-me a caril, cheira-me a mar e a alfazema o meu paladar regojiza de prazer e viajo dentro de mim para bem longe de onde estou. O meu eu interior (com quem Pessoa se debatia) não tem qualquer confronto, limita-se a procurar uma paz comigo mesma.
Utopia para o ser humano que combate com ele pro.prio e com os seus, e passa a sua vida agarrado à condição de mortal mas que no entanto corre com noção do tempo mas sem noção do tempo que lhe tira cada segundo da vida. A única noção que não tem é que Tanatos o espera por cima do seu ombro. Acabará por ser apenas mais um corpo pútrido, nefasto e sem nada que se lhe aprecie pois o seu ego sem sentimentos que correspondessem ao seu interior, construiu uma vida em volta de um templo que nada é em cinzas ou debaixo de terra. Somos todos condutores da vida, condenados a ser substituídos como corpos descartáveis...
Eu não, eu aprecio o pouco que há no mundo para me dar, eu sei parar, deixar que os meus olhos brilhem e se enruguem aos raios do sol, que a minha pele se molhe quando chove, que os meus lábios se aqueçam com um beijo, e que os meus dedos desenhem palavras de nada no embaciar da minha respiração... Eu aprecio todos os dias e mesmo que se repita sempre e constantemente, mesmo que seja monótono eu vejo todos os dias o fim do que poderá vir a ser o último dia da minha vida, da minha existência, o meu último pôr do sol.
Enough for me (:
Respiro o ar perfumado da tarde que arrefece o dia. Começam a fraquejar aquelas que um dia serão três, de acordo com Édipo e a submissa Esfinge, e sento-me na areia ainda morna das carícias do Sol. Os espelhos da minha vida e visionários do presente contemplam o vasto vazio do céu e do oceano que de terem tons tão opostos, o negro azul e o amarelo enevoado, se completam tal como o homem e a mulher. Sinto que o vento do Sul chegou, sussurrante e discreto o Levante quente aquece-me a face e traz-me novos sabores. Cheira-me a caril, cheira-me a mar e a alfazema o meu paladar regojiza de prazer e viajo dentro de mim para bem longe de onde estou. O meu eu interior (com quem Pessoa se debatia) não tem qualquer confronto, limita-se a procurar uma paz comigo mesma.
Utopia para o ser humano que combate com ele pro.prio e com os seus, e passa a sua vida agarrado à condição de mortal mas que no entanto corre com noção do tempo mas sem noção do tempo que lhe tira cada segundo da vida. A única noção que não tem é que Tanatos o espera por cima do seu ombro. Acabará por ser apenas mais um corpo pútrido, nefasto e sem nada que se lhe aprecie pois o seu ego sem sentimentos que correspondessem ao seu interior, construiu uma vida em volta de um templo que nada é em cinzas ou debaixo de terra. Somos todos condutores da vida, condenados a ser substituídos como corpos descartáveis...
Eu não, eu aprecio o pouco que há no mundo para me dar, eu sei parar, deixar que os meus olhos brilhem e se enruguem aos raios do sol, que a minha pele se molhe quando chove, que os meus lábios se aqueçam com um beijo, e que os meus dedos desenhem palavras de nada no embaciar da minha respiração... Eu aprecio todos os dias e mesmo que se repita sempre e constantemente, mesmo que seja monótono eu vejo todos os dias o fim do que poderá vir a ser o último dia da minha vida, da minha existência, o meu último pôr do sol.
Image size
4272x2848px 2.62 MB
Make
SONY
Model
DSLR-A700
Shutter Speed
1/320 second
Aperture
F/13.0
Focal Length
40 mm
ISO Speed
200
Date Taken
Aug 21, 2008, 6:51:16 PM
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Comments5
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